segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Entre caldeirões e miscelâneas...

Dias de intenso estudo... Livros? Sim, vários. Nada, talvez, relacionado com o que usualmente se "espera" ou se "deposita" de expectativa de uma pessoa "das leis". Nada de teorias sociológicas, muito menos de pesquisa empírica. Legislação? Nem pensar... O tempo, por agora (o meu tempo) é de profundos estudos herméticos, de imersão no mundo peculiar de minha psique devotada ao que me é sagrado: a senda, o caminho, enfim, o viver.

Eis-me, então, de "férias" de uma academia que insistentemente não se remodela, não se renova e, com a falta do próprio ar para respirar, tenta sufocar e compartimentar quem está planando em um universo holisticamente livre... As leis, então, cedem espaço - tal qual na figura de Waterhouse - para o debruçamento sobre as ervas, as macerações, os ciclos lunares, os oráculos. Tudo passa a ser - na deliciosa acepção harry potteriana - "estudo oficial da cosmologia trouxa" deveras limitador e, portanto, incompleto para se passar por este plano com um mínimo de magia e encanto.

As vivências diuturnas remodelam, em cada instante, um mundo repleto de colorido, uma espécie de arco-íris infindo, onde a noção bipolarizada de realidade e fantasia cede espaço para a compreensão de um viver mais leve e fluido, onde cavalos e unicórnios transitam, lado a lado, numa quimera de transcendência do que se coloca como o véu gélido de um viver sem emoção. Como, então, voltar para o mundo de quem acredita que está vivo, mas que já queda inerte em suas perdas de ludicidade?

A opção de quem vive entre-mundos é assim mesmo, uma aventura em cada transposição de realidades. Em meio a caldeirões, runas e miscelâneas encontro o ardor e a motivação necessários para que possa construir minha peculiar saga quixotesca.

Nem lá nem cá, por que, afinal, é necessário estar entre esses dois pólos? Penso que não, pois depois que Heisemberg desenvolveu a percepção dual da luz (opúsculo e energia), nada mais permanece intacto. A vida passa a ser um "caldo delicioso" de possibilidades de interpretação. Basta que peguemos aquela que mais representa nosso estado verdadeiro de espírito.

O que escolher, então? Ou melhor: será necessário mesmo fazer escolhas tão bipolarizadas? Ou, ainda, seria limitador fazer uma escolha diante da multiplicidade de eventos? Não sei, ao certo, a resposta ao enigma, mas hoje penso que não mais serei devorada pela Esfinge diante de minha aparente indecisão...

Todos os meses pelo menos cinco mulheres são assassinadas em Brasília

Estou postando o link da reportagem sobre o retrato da violência contra a mulher no Distrito Federal. O que mais me chama a atenção, em relação a isso, diz respeito ao paradoxo gerado pelos vários comentários em torno da temática violência, tendo quem vista que muito tem sido falado sobre os "exageros" dos movimentos de mulheres e feministas no que diz respeito à busca de punição.

As estatísticas, contudo, são mais do que reveladoras. Como "ativista solitária" e, sobretudo, curiosa sobre as questões que envolvem o Sagrado e o Feminino, não poderia deixar de compartilhar essa valiosa informação...

Fàilte!

Livro recomendado "A descoberta das bruxas"

Estou no meio da leitura, mas já recomendo para quem achar interessante um "romance" sobrenatural e profundamente didático sobre o mundo das bruxas, dos vampiros e dos demônios.


Trata-se do livro da americana Deborah Harkness, chamado "A descoberta das bruxas" (Rocco) (Shadows of Witches no original), obra que já alcançou a lista dos mais vendidos nos Estados Unidos, bem como na Feira de Frankfurt em 2009.


O diferencial já começa do background da escritora, especializada em história da ciência, magia e medicina. Diana Bishop é uma cientista (doutora) em conflitos, pois é última descendente de uma linhagem de poderosas bruxas, ao mesmo tempo em que vive o "gostinho" da pós-modernidade, tentando harmonizar o lado racional de sua vida ao seu legado como bruxa.


Apaixona-se, nesse meio tempo, por Matthew, um vampiro de mil e quinhentos anos, vivenciando a magnitude do conflito em se posicionar como uma mulher de vanguarda, independente, em meio ao tradicionalismo que veda, por pressuposto, a relação entre esses dois seres.


Adorei!

O significado das pequenas celebrações


Celebrar é uma arte antiga de mostrar gratitude pelos beneplácitos que a Vida nos concede, extrapolando a aparente sensação de efêmero festejo sem sentido, para se transformar em um rito de dádivas prestadas ao Universo pela prosperidade em todos os aspectos de nossas vidas. Essa "pequena" providência traz um resultado fantástico, movimentando a roda da vida, para que, alimentados pelo lastro de positividade, mais e mais consigamos cumprir nossas metas espirituais nessa vivência abençoada!

Diante desse "derrame" de positividade impossível que as nuvens carregadas fiquem em nossas vidas por muito tempo. Nada fica estático diante do rito da celebração, pelo simples fato de, a partir de nós mesmos, nada permanecer da mesma maneira...

Daí, penso, ser extremamente importante comemorar cada pequena conquista em nosso dia-a-dia, pois, em cada singelo sinal de agradecimento pelo que haurimos da Vida, mais e mais energia positiva agregamos para nossas metas e nossos ideais.

Vale tudo: agradecimento por acordar, a cada manhã, para se viver mais um dia (até mesmo porque, a bem da verdade, sequer sabemos o que está guardado para nós pela Roda da Fortuna), agradecimento pela recuperação em face de uma doença. Obrigada pelo emprego novo, pela comida à mesa, pelos amigos... Agradecimento, enfim, pela própria Vida em si!

E não apenas os agradecimentos pelas benesses nos tornam mais prósperos... Não! É igualmente importante, a cada dia de vida, agradecer pelos eventos que aparentemente se colocaram como dificuldades ou obstáculos em nossos caminhos, porquanto, nesse pequeno rito, a egrégora se transforma e, com isso, até a energia transmuta.

O "inimigo" passa a ser melhor compreendido a partir da nossa percepção mais acurada sobre nós mesmos, assim bem como o que no feriu adquire o doce sabor da resignação ante a roda cármica de haveres e deveres. E, melhor, SEM DRAMA! Sem aquela dosagem "novela mexicana" que nos impele, de tempos em tempos, para uma síndrome de vitimização que apenas empaca nossos caminhos e turva nossa visão.

Minha vida ficou mais "leve" a partir do momento em que, ao invés de pedir aos meus ancestrais e a deuses e deusas que "escudassem" meus caminhos, passei a apenas agradecer. Daí, todos os dias, abro meu círculo mágico, invoco os deuses que guarnecem minha morada, meus ancestrais, os 4 elementos e, depois de conectada a tudo isso, faço um retrospecto do que vivenciei no dia anterior.

A vida passa como um filme e, ao ser delineada na forma de agradecimento, o subconsciente trabalha a reflexão do que foi experienciado no dia que passou. O resultado? Claro, não poderia ser outro: PARCIMÔNIA...apenas isso. Tudo isso!!!!

Por isso, o melhor "conselho" que alguém poderia me dar numa linda noite de domingo como essa, prenúncio de um dia de sol amanhã, e que repasso para quem me é caro é: CELEBREM CADA MOMENTO DA VIDA, POIS AS LEMBRANÇAS DE TAIS MOMENTOS DE FELICIDADE ECOARAM POR TODA A ETERNIDADE!!!

Fàilte!!!